30 de novembro de 2011

Um futuro promissor?

Andei postando duas listas de músicas que, segundo meu julgamento, representam os anos 2000s em termos de música. Como sei do meu pequeno, mas fiel e sincero público, resolvi colocar meu bloguezinho em ação, postando mais palpites altamente tendenciosos, mas igualmente sinceros.
Fazer listas de música retroativamente até que é fácil. O que me ocorreu é: Que tipo de música vem por aí? O quê já está, mas vai ficar? O quê precisa ser feito, quais novidades precisam ser trazidas à baila? Perguntas que me faço, algumas respostas também me surgem.
No Pop, o quadro está cheio de rabiscos, as poucas imagens que aparecem ainda são bastante vagas, imprecisas, indefinidas, e todas lembram arquétipos das décadas de 80 e 90 (ou seja, do século passado!). Estou falando, sim, de Lady Gaga. Os fãs (velhos) da Madonna que me perdoem, mas sim, ela está sendo substituída por essa que gosta de tecidos pouco convencionais em seus vestidos. É cedo pra falar, Lady Gaga tem pouco menos de dois anos de atividade, mas já sacudiu um pouquinho a poeira que se formou ao longo dos anos 2000, pra começar, com Just Dance, mas principalmente com Bad Romance e Judas, este último de seu terceiro disco, Born This Way. E é pra começar minha lista de promissores, que coloco aqui o controverso vídeoclipe de Judas, que já está deixando sua modesta marca:

Quem lembrou de Michael Jackson só provou que tem boa memória (ou que tem pelo menos a minha idade). MJ fez no pop mais ou menos o que Charles Darwin fez para a Biologia, não há como não reverenciá-lo eternamente. Mas fiquei feliz com a coragem que os produtores desse vídeo da Gaga tiveram ao dizer que, sim, o passado pode ser utilizado como matéria prima, e a coragem está justamente em assumir explicitamente o risco de serem acusados de cópia, plágio, falta de originalidade... esses mantras que todos os críticos têm na ponta da língua. Do quê adianta ter originalidade, e eu diria até genialidade, como teve Justin Timberlake, que em 2006 foi chamado de "artista pop mais influente da atualidade", mas que hoje ninguém sabe, ninguém viu...? Não adianta ser genial, e não saber mostrar pra ninguém.
Falando em genialidade e originalidade, não há como não lembrar de Amy Winehouse. Obviamente ela não vai entrar pra minha lista (e cá pra nós, só me assustei com o desaparecimento dela  por que achei que ela tinha mais uns meses, meu palpite era que ela só morreria depois do terceiro disco, mas nem isso...), mas deu tempo de ela fazer escola: estou falando, sim, da gordinha Adele! O envolvimento dela com drogas, se é que existe, não vai destruí-la, e duvido muito que ela não faça um disco melhor que o outro por mais uns 60 anos. E pra tentar acertar outro pênalti, deixo o vídeo mais recente dela, totalmente idiota, sem sentido, sem cenário, sem produção, sem graça nenhuma, mas isso nem importa, é ela cantando Someone Like You:

Bom, até agora foi fácil. No geral, acho que quem está por aí não vai muito longe. Na verdade torço por isso: Justin Bieber... putz... putz de novo. Rihana (não sei nem como pronunciar esse nome) é uma espécie de Christina Aguillera, que em 1999 todo mundo confundia com qualquer outra cantora, e que só sabe gritar e gemer. O (ex-)namoradinho dela, Chris Brown, já pensei que teria futuro, talvez até tenha, mas não aposto muito nisso. A Shakira acabou quando virou americana (loira, peituda, e cantando coisas que podem ser qualquer coisa, menos boas). Fergie é só mais uma loira peituda. Quem tem tempo pra rever algumas coisas, aprender outras, e pode fazer alguma diferencinha é a australiana Gabriella Cilmi, mas ainda assim não boto muita fé. Duffy, pensei que com aquela vozinha meio rouca, meio feminina, meio anos 50, poderia fazer mais, mas deve ter casado com algum rico produtor, e virou dona de casa. Katy Perry, não sei não, ela é melhor como esposa (do bobão do Russel Brand, ator-apresentador-comediante-bobão) que como cantora, por mais que tenha um estilinho...
Falando em loiras, tem uma que torço, sinceramente, pra cantar por mais uns 40 anos pelo menos. É o vozeirão Pink. Não preciso escrever muito, por que Raise Your Glass fala por si só:


Acabaram meus palpites com as cartas que já estavam na mesa. Tem muitas bandas e cantoras dos últimos 1 ou 2 anos que certamente vão pintar figuras mais claras no quadro rabiscado. Florence + The Machine, por exemplo, é uma versão mais agressiva e passional que Feist, ambas vão longe, mas a primeira sim vai deixar marca e vai deixar coisas boas das quais lembrar. Posso citar por exemplo Dog Days Are Over, do primeiro disco, e What The Water Gave Me, do segundo, cujos vídeos coloco em sequência:


Acho estranho que uma determinada banda da Irlanda tenha, aparentemente, acabado. The Thrills deveriam ter deixado alguma influência, é uma das cores que está faltando no quadro. Pra exemplificar melhor, deixo o vídeo de uma musiquinha tão gostosinha, mas que ninguém mais fez parecido até agora (claro que devem ter feito, mas não apareceu). One Horse Town:

Outra banda meio estranha, meio obscura, meio nova, mas que tem uma musiquinha que eu quero muito que dure muito (e que eu também vou cansar até o final do ano), é Foster The People, e trago o vídeo de Pumped Up Kicks, algo enfim novo, e que sirva de lição:



Quem estava esperando Coldplay nessa lista, ferrou-se. Não há nada novo no front, desde The Scientist. Gosto de uma música, Strawberry Swing, mas não sei dizer direito por quê:

Não posso esquecer de prestar um pouco que reverência para Westlife, uma espécie de cronoespécie (sim, são a última boyband que existe ainda, isso não é fantástico?!). Eles estão com um disco mais ou menos novo, Gravity, mas que só tem um vídeo, que nem gosto tanto, Safe.
 Eles também vão lançar mais um disco de Greatest Hits (que saco!), como se já não bastasse incluir sempre umas 2 ou 3 regravações, ou os álbuns inteiros de regravações. Mas, tem uma música nova, com um pouquinho de novidade, mas que dá a dica de que eles ainda vão ficar funcionando mais algum tempo. Torço pra que passem a usar mais as vozes do Nick e do Kian, embora o Mark tenha um timbre muito gostosinho. A música nova é, e não poderia ter um nome diferente, vindo de uma boyband, Lighthouse:


Bom, por ora, é só isso. Já que só estou dando palpites, melhor não abusar.

5 comentários:

Cláudia disse...

Pronto, já animou meu dia... gosto de Adele, a voz dela é diferente da Amy, mas gostei particularmente da Pink, não conhecia... Não sou muito de pop, mas tem coisas que valem bem a pena, acho que são as tendências, pq tendências são boas.

Fernando Erthal disse...

Pena que acabou Supergrass... Fariam sucesso. Mais sucesso.

Renato Geller disse...

Eu acrescentaria nesta lista de tendências, ou de talentos promissores, a cantora Janelle Monáe... Ela dá espetáculo. Se não conhece ainda, veja os clipes das músicas "Tightrope" e também "Cold War".
Abraço.

Maria disse...

Fernando!!! Quando ouvi pela primeira vez "Dog days are over" de Florence + the Machine me apaixonei pela música e en seguida lembrei de você. Acho que porque me lembrou um pouco a Feist, não sei... Agora, lendo o teu post não acreditei!

A música Pumped up Kicks conheci há poucos dias e também me encantou de primeira. Adora ver as tuas listas!

Fernando Erthal disse...

Pois é, a Florence me lembrou um pouco Feist, acho que o timbre da voz é parecido... Consequentemente, lembrei d ti tb, Maria!