25 de julho de 2015
15 de maio de 2014
12 de maio de 2014
9 de maio de 2014
Uma conversa
Claro que sei que devem estar comentando lá na vila que eu nunca apareço para visitar meus pais, ou meus tios que perderam um filho (recentemente, mas essa palavra é desnecessária para quando se perde um filho, ainda mais da maneira trágica como foi quando ele morreu naquele acidente)! Há tantas pessoas, parentes próximos e distantes (filogenetica e geografica e afetivamente falando) que eu gostaria de ver, falar, contar como minha vida tem sido cheia de surpresas boas e ruins, esperanças tolas e fatos impensáveis. Porquê vim pra tão longe pra, again and again, perceber que não há a menor chance de eu fugir daquilo que mais temo - meu próprio lado sombrio e as mentiras que conto pra pra mim mesmo e que finjo acreditar?! Por quê?
Naturalmente que, algumas vezes pelo menos, eu realizo que quando eu quero carinho e proteção, e quando me sinto oprimido e desprotegido, sou eu mesmo que fico me infligindo dor, sofrimento, angústia e cobranças desmedidas. Não consigo entender (é sério, não consigo, não consigooooo) buscar explicações para tanto sofrer com o "quase", o "por pouco", o "se"... Até parece que minha vida só teve derrotas! Olha só pra onde estou?! Certamente, não sou derrotado, já cheguei mais longe do que eu planejava, e ainda não é nem o começo! Pra quem estou devendo todas essas explicações que eu fico tentando o tempo todo fazer com que embacem minha vista para a frente e para cima? Para melhor? Não tenho nenhuma dívida! Mas por quê ainda assim me sinto tão cobrado?? Sou uma fraude? Falhei em dizer a verdade? É claro, como qualquer ser humano, eu minto, omito, desconverso e finjo. Mas quando falo a verdade sou tão franco! Não tenho medo algum de parecer fraco, me basta saber que não sou. Pois, se fosse, estaria eu lá, exatamente debaixo da saia da minha mãe, chorando quando ela não estivesse ao alcance da minha vista, e morrendo de medo da desaprovação que eu pensava (viu, pensava) que via no rosto do meu pai. (Detalhe: saia da minha mãe é força de expressão - não vem à memória a última vez que ela usou alguma).
Sei lá... Aquelas boas e poucas amizades que conquistei, verdadeiros achados de humanidade, na escola, na faculdade, logo depois de formado, sabe...? Deixei, por puro desleixo, irem embora, pra longe, pra não-sei-aonde. Não que eu tenha esquecido como é sentir o coração aquecido ao lado destas poucas e certas pessoas. Claro que não; lembro exatamente de cada um dos abraços, de cada um daquelas pessoas, que me fizeram sentir a melhor pessoa do mundo. (Impossível não deixar correr várias lágrimas. Peraí...). Ok. Não, espera só mais um pouquinho, senão minha voz embargada não vai deixar eu chegar no quê de tudo que estou enrolando para dizer...
Acho que tudo isso é saudade. Essa palavra... Saudade de todos que me fizeram sentir bem e que eu poderia ter valorizado ainda mais. Só não lamento mais porque sempre fiz questão de dizer o que eu estava sentindo, sem medo de parecer piegas. E, eu não era piegas! Essas pessoas de quem estou falando, todas elas, tenho certeza que sabem que sinto uma falta tão grande, tão grande! Por um lado, sempre fui intenso, fazia questão de sentir toda a dor e toda a felicidade que cada momento pudesse oferecer. Mas em algum momento parece que rompeu um cabo, um sustento, o que me fez, sei lá, vestir uma couraça, uma defesa. Ando me sentindo meio chapado, anestesiado, tanto do que é ruim, quanto do que é bom. (Falando nisso, vou ali servir um pouco de uísque, já venho...).
...
O quê? Ah, não, não, não tem efeito colateral nenhum. O médico disse que esses remédios não tem nenhuma contra-indicação, pelo menos não com álcool. Óbvio, ele mesmo disse: "Se você não usar outras drogas, e tomar o remédio nos horários, não vai morrer. Pelo menos, não disso." É sério, eu li na internet, não tem interação nenhuma entre álcool e esses remédios. Ah, não faz essa cara! Até parece que tu não sabe que na Califórnia a maconha é um remédio (sim, remédio!) pra dor crônica! Tudo bem, não vou me mudar pra lá por causa disso, mas, eu acho que as pessoas tem um preconceito cultural muito enraizado para com certos remédios, certas doenças, e certas drogas também. Provavelmente a maioria delas: a maioria das pessoas, das culturas, das raízes, dos remédios, das doenças e das drogas.
Aliás, se tem uma característica fundamental em todas as culturas humanas de todos os tempos, é o preconceito. Hoje, é preconceito por cor de pele, etnia, religião, status social, renda; antigamente..., bem, antigamente também. Não mudou nada. Os critérios para o preconceito, hoje, apenas são mais complexos. "Se você é de esquerda, então é vegetariano maconheiro. Se é de direita, é neonazista neoliberal que só pensa em lucro." Ora, isso lá tem sentido? As pessoas são livres, não é o que dizem? Sou tão livre para acreditar no que eu quiser, quanto sou livre para fazer pouco caso daquilo que você acredita. Hã? Claro que faz sentido. Ser livre não significa ser politicamente correto. Não sou obrigado a achar o feio bonito, o torto, reto! Oras! Desculpa, 'tergiversei'.
...
Como eu dizia, acho que eu me escondo. Não sei porque, não imagino o quê raios aconteceu pra eu me defender assim do mundo; nunca fui assim. Não quero botar a culpa nos outros, mas acho que foi na mesma época que terminei aquele namoro, anos atrás. Lembra dele? Um cretino! (Eu sei que tu pensavas isso, acho até que tu falaste isso!) Mas, eu amava ele. Sinceramente. Via nele tudo que eu não tinha, tudo que me faltava. E acho que era, sim, recíproco. Tinha uma dualidade complementar, meio explosiva. Ok, bem explosiva. Pra bem e pra mal... Ele me fazia bem, mas também me fez muito mal. A coisa que mais me doeu, nessa vida, não foi o soco no lábio superior que ele me deu, no dia que terminamos. Foi antes disso, muitos meses antes, quando, por sei lá que motivo, ele brigou comigo, e jogou minhas roupas e minhas coisas escada abaixo. Me mandou embora. E eu, mesmo humilhado, insisti, insisti, insisti que amava ele, que queria ficar com ele... Hoje, me sinto um idiota lembrando disso, mas, eu lembro exatamente como eu me senti sozinho, desprotegido, desamparado, triste mesmo; não sabia se ficava ou se saía correndo, chorando. Não sabia pra quem pedir ajuda. E, tolo, pedi ajuda pra ele. Síndrome de Estocolmo, diriam... Talvez em parte tenha sido isso; acho que não são poucas as relações afetivas que tem essa relação feitor-escravo. Posso dizer, sim, que senti um dos meus cabos de sustentação romper naquele dia. E, daquele dia em diante, foi só ladeira abaixo, reconheço. Até o dia fatídico, lembro exatamente: 5 de Março, uma sexta-feira, meio fria, chuvosa. Nada poderia ter sido mais difícil. Agora, me deslocando no tempo e me colocando no meu lugar, naquele instante, sinto amargura. Pelo quê poderia ter sido, mas foi destruído, por ambos. O que era amor, provavelmente, virou outra coisa, mórbida, venenosa. E mais sustentáculos foram se rompendo. E, eu venho me defendendo. Me defendendo de mim mesmo, não queria me rebaixar, eu achava que não era da minha natureza, mas, hoje, acho que eu deveria ter revidado aquele soco. Deveríamos ter ido às vias de fato, sim! Os dois acabariam na delegacia, teria sido tudo muito terrível, mas hoje eu estaria dando risada, e não lamentando. Então... Acho que desde então estou me lamentando... Lambendo algumas velhas feridas imaginárias, ha muito cicatrizadas, que ainda doem como um membro amputado.
Claro que sei que devem estar comentando lá na vila que eu nunca apareço para visitar meus pais, ou meus tios que perderam um filho (recentemente, mas essa palavra é desnecessária para quando se perde um filho, ainda mais da maneira trágica como foi quando ele morreu naquele acidente)! Há tantas pessoas, parentes próximos e distantes (filogenetica e geografica e afetivamente falando) que eu gostaria de ver, falar, contar como minha vida tem sido cheia de surpresas boas e ruins, esperanças tolas e fatos impensáveis. Porquê vim pra tão longe pra, again and again, perceber que não há a menor chance de eu fugir daquilo que mais temo - meu próprio lado sombrio e as mentiras que conto pra pra mim mesmo e que finjo acreditar?! Por quê?
Naturalmente que, algumas vezes pelo menos, eu realizo que quando eu quero carinho e proteção, e quando me sinto oprimido e desprotegido, sou eu mesmo que fico me infligindo dor, sofrimento, angústia e cobranças desmedidas. Não consigo entender (é sério, não consigo, não consigooooo) buscar explicações para tanto sofrer com o "quase", o "por pouco", o "se"... Até parece que minha vida só teve derrotas! Olha só pra onde estou?! Certamente, não sou derrotado, já cheguei mais longe do que eu planejava, e ainda não é nem o começo! Pra quem estou devendo todas essas explicações que eu fico tentando o tempo todo fazer com que embacem minha vista para a frente e para cima? Para melhor? Não tenho nenhuma dívida! Mas por quê ainda assim me sinto tão cobrado?? Sou uma fraude? Falhei em dizer a verdade? É claro, como qualquer ser humano, eu minto, omito, desconverso e finjo. Mas quando falo a verdade sou tão franco! Não tenho medo algum de parecer fraco, me basta saber que não sou. Pois, se fosse, estaria eu lá, exatamente debaixo da saia da minha mãe, chorando quando ela não estivesse ao alcance da minha vista, e morrendo de medo da desaprovação que eu pensava (viu, pensava) que via no rosto do meu pai. (Detalhe: saia da minha mãe é força de expressão - não vem à memória a última vez que ela usou alguma).
Sei lá... Aquelas boas e poucas amizades que conquistei, verdadeiros achados de humanidade, na escola, na faculdade, logo depois de formado, sabe...? Deixei, por puro desleixo, irem embora, pra longe, pra não-sei-aonde. Não que eu tenha esquecido como é sentir o coração aquecido ao lado destas poucas e certas pessoas. Claro que não; lembro exatamente de cada um dos abraços, de cada um daquelas pessoas, que me fizeram sentir a melhor pessoa do mundo. (Impossível não deixar correr várias lágrimas. Peraí...). Ok. Não, espera só mais um pouquinho, senão minha voz embargada não vai deixar eu chegar no quê de tudo que estou enrolando para dizer...
Acho que tudo isso é saudade. Essa palavra... Saudade de todos que me fizeram sentir bem e que eu poderia ter valorizado ainda mais. Só não lamento mais porque sempre fiz questão de dizer o que eu estava sentindo, sem medo de parecer piegas. E, eu não era piegas! Essas pessoas de quem estou falando, todas elas, tenho certeza que sabem que sinto uma falta tão grande, tão grande! Por um lado, sempre fui intenso, fazia questão de sentir toda a dor e toda a felicidade que cada momento pudesse oferecer. Mas em algum momento parece que rompeu um cabo, um sustento, o que me fez, sei lá, vestir uma couraça, uma defesa. Ando me sentindo meio chapado, anestesiado, tanto do que é ruim, quanto do que é bom. (Falando nisso, vou ali servir um pouco de uísque, já venho...).
...
O quê? Ah, não, não, não tem efeito colateral nenhum. O médico disse que esses remédios não tem nenhuma contra-indicação, pelo menos não com álcool. Óbvio, ele mesmo disse: "Se você não usar outras drogas, e tomar o remédio nos horários, não vai morrer. Pelo menos, não disso." É sério, eu li na internet, não tem interação nenhuma entre álcool e esses remédios. Ah, não faz essa cara! Até parece que tu não sabe que na Califórnia a maconha é um remédio (sim, remédio!) pra dor crônica! Tudo bem, não vou me mudar pra lá por causa disso, mas, eu acho que as pessoas tem um preconceito cultural muito enraizado para com certos remédios, certas doenças, e certas drogas também. Provavelmente a maioria delas: a maioria das pessoas, das culturas, das raízes, dos remédios, das doenças e das drogas.
Aliás, se tem uma característica fundamental em todas as culturas humanas de todos os tempos, é o preconceito. Hoje, é preconceito por cor de pele, etnia, religião, status social, renda; antigamente..., bem, antigamente também. Não mudou nada. Os critérios para o preconceito, hoje, apenas são mais complexos. "Se você é de esquerda, então é vegetariano maconheiro. Se é de direita, é neonazista neoliberal que só pensa em lucro." Ora, isso lá tem sentido? As pessoas são livres, não é o que dizem? Sou tão livre para acreditar no que eu quiser, quanto sou livre para fazer pouco caso daquilo que você acredita. Hã? Claro que faz sentido. Ser livre não significa ser politicamente correto. Não sou obrigado a achar o feio bonito, o torto, reto! Oras! Desculpa, 'tergiversei'.
...
Como eu dizia, acho que eu me escondo. Não sei porque, não imagino o quê raios aconteceu pra eu me defender assim do mundo; nunca fui assim. Não quero botar a culpa nos outros, mas acho que foi na mesma época que terminei aquele namoro, anos atrás. Lembra dele? Um cretino! (Eu sei que tu pensavas isso, acho até que tu falaste isso!) Mas, eu amava ele. Sinceramente. Via nele tudo que eu não tinha, tudo que me faltava. E acho que era, sim, recíproco. Tinha uma dualidade complementar, meio explosiva. Ok, bem explosiva. Pra bem e pra mal... Ele me fazia bem, mas também me fez muito mal. A coisa que mais me doeu, nessa vida, não foi o soco no lábio superior que ele me deu, no dia que terminamos. Foi antes disso, muitos meses antes, quando, por sei lá que motivo, ele brigou comigo, e jogou minhas roupas e minhas coisas escada abaixo. Me mandou embora. E eu, mesmo humilhado, insisti, insisti, insisti que amava ele, que queria ficar com ele... Hoje, me sinto um idiota lembrando disso, mas, eu lembro exatamente como eu me senti sozinho, desprotegido, desamparado, triste mesmo; não sabia se ficava ou se saía correndo, chorando. Não sabia pra quem pedir ajuda. E, tolo, pedi ajuda pra ele. Síndrome de Estocolmo, diriam... Talvez em parte tenha sido isso; acho que não são poucas as relações afetivas que tem essa relação feitor-escravo. Posso dizer, sim, que senti um dos meus cabos de sustentação romper naquele dia. E, daquele dia em diante, foi só ladeira abaixo, reconheço. Até o dia fatídico, lembro exatamente: 5 de Março, uma sexta-feira, meio fria, chuvosa. Nada poderia ter sido mais difícil. Agora, me deslocando no tempo e me colocando no meu lugar, naquele instante, sinto amargura. Pelo quê poderia ter sido, mas foi destruído, por ambos. O que era amor, provavelmente, virou outra coisa, mórbida, venenosa. E mais sustentáculos foram se rompendo. E, eu venho me defendendo. Me defendendo de mim mesmo, não queria me rebaixar, eu achava que não era da minha natureza, mas, hoje, acho que eu deveria ter revidado aquele soco. Deveríamos ter ido às vias de fato, sim! Os dois acabariam na delegacia, teria sido tudo muito terrível, mas hoje eu estaria dando risada, e não lamentando. Então... Acho que desde então estou me lamentando... Lambendo algumas velhas feridas imaginárias, ha muito cicatrizadas, que ainda doem como um membro amputado.
4 de abril de 2014
Acho que todos já perceberam o quanto é comum novos artistas redesenharem (ou recantarem, remusicarem...) músicas antigas, dando uma nova roupa. Uns transformam o que era punk/rock/sei-lá-o-quê em lovesong, outros convertem jazz em rock, ou blues em jazz novamente, certos convertem rock em metal, outros lavam a cara de músicas pop antigas (alguns com uma frequência perturbadoramente incomum), mas creio que todos artistas acabam incorrendo nisso, o que acho lindo! É impressionante, mas a mesma letra nunca acaba virando a mesma música, a nova soma é sempre diferente das partes depois de terem sido separadas!
Uma das músicas mais regravadas de que tenho notícia é "I shall be released". Conheço pelo menos 5 artistas que regravaram, merecidamente, essa música. Merecidamente, porque homenagear Bob Dylan sempre é merecido!
Tem mais umas 79 versões, isso dá um livro, e não uma simples postagem.
E tem outras, menos glamourosas talvez, que compartilho aqui.
Uma das músicas mais regravadas de que tenho notícia é "I shall be released". Conheço pelo menos 5 artistas que regravaram, merecidamente, essa música. Merecidamente, porque homenagear Bob Dylan sempre é merecido!
Uma das versões originais...
Ou Nina Simone
Ou Crissie Hynde
Ou Jack Johnson
Ou, é claro, Joan Baez
Tem mais umas 79 versões, isso dá um livro, e não uma simples postagem.
E tem outras, menos glamourosas talvez, que compartilho aqui.
Nina Simone - Feeling Good
(essa vai pra minha amiga e leitora assídua, Maria!)
Muse - Feeling Good
Gloria Gaynor - I Will Survive (hehehehe)
Cake - I Will Survive
Rod Stewart (com a pergunta que não quer calar) - Have you ever seen the (fucking) rain (men!)?
Bonnie Tyler (mostrando que a pergunta é melhor que muitas respostas) - Have you ever seen the rain
Ozzy Osbourne (fazendo jus à letra de) - Simpathy for the Devil
Rolling Stones (lançando a simpatia) - Simpathy for the Devil
Janis Joplin - To love Somebody
Nina Simone - To love Somebody
David Bowie - The man who sold the world
Nirvana - The man who sold the world (alguém mais ficou arrepiado?)
Claro, tem outras menos dignas, mas duvido que ninguém tenha tomado conhecimento
Carpenters - Solitaire
Westlife - Solitaire
E, já que mencionei no início da postagem,
E a original
Até a próxima!
11 de março de 2014
Hi my dear readers and friends!
here I am, since my last post, more than a year ago (!), I had almost forget this blog, disrespecting you, my beloved and possibly unknown reader, leaving you without my not-that-deep, but emotionful, words.
So, that's it, I watched these three videos, after listening to these songs in random places or random situations, but in this exact order, in the exact way to awaken me from the time-out I unadvisedly put myself in; hope you enjoy and keep the faith that I will not forget you this long anymore.
Lorde - Royals
Justin Timberlake - Mirrors
Imagine Dragons - It's time
See you soon!
here I am, since my last post, more than a year ago (!), I had almost forget this blog, disrespecting you, my beloved and possibly unknown reader, leaving you without my not-that-deep, but emotionful, words.
So, that's it, I watched these three videos, after listening to these songs in random places or random situations, but in this exact order, in the exact way to awaken me from the time-out I unadvisedly put myself in; hope you enjoy and keep the faith that I will not forget you this long anymore.
Lorde - Royals
Justin Timberlake - Mirrors
Imagine Dragons - It's time
See you soon!
21 de outubro de 2012
Frio
Gosto do frio que me arrepia
É também o frio que me assusta
Ou o frio que me dá medo
E o frio que me corta
e gela o coração
e atiça a mente
leva a alma para o escuro
Anestesia o sentimento
Endurece meus dedos
É o cruel frio que me sacode
o frio que me sustenta
O frio que doce me encanta
O ar limpa e longe a vista alcança
O frio rasteiro, quieto
Manso, toma conta
Brilhante o dia deixa
Azul o frio duro
2 de fevereiro de 2012
Virar o disco
Permito-me aqui, agora, nesta época e neste período, nesta estação chuvosa, reproduzir um lindo soneto que li, acidentalmente e muito impredizivelmente na janela de um ônibus, na exata véspera da minha viagem para cá, que talvez diga tudo e também muitas outras coisas que ainda nem compreendi, e que talvez nem venha a compreender, mas que na hora, no exato instante em que li, apenas fez simplesmente todo o sentido.
Vira o disco
Vira o tétrico disco e segue adiante.
E daí que a vida matou o amor,
que enegreceu o que era somente cor,
que envelheceu teu coração infante?
Segue adiante e vira o tétrico disco.
Há de ter outras cores numa esquina
próxima. A tristeza não quer ser sina
tua. E, se for, inventa um melhor risco.
O coração, se estás vivo, não morre
e, mais, pode ser outra vez criança.
Inventa com o que vier teu porre
de coisa boa. Dança a nova dança
e diz à tristeza que a vida corre
sem o disco ruim da desesperança.
(Cezar Dias)
Naturalmente preciso, inevitavelmente, coroar estas terríveis e tão sensatas e tão lúcidas palavras, com uma música logicamente necessária para este momento em que compreendo, embora talvez nunca venha a explicar, todo o mais profundo significado.
Florence and the Machine - Shake it out
Vira o disco
Vira o tétrico disco e segue adiante.
E daí que a vida matou o amor,
que enegreceu o que era somente cor,
que envelheceu teu coração infante?
Segue adiante e vira o tétrico disco.
Há de ter outras cores numa esquina
próxima. A tristeza não quer ser sina
tua. E, se for, inventa um melhor risco.
O coração, se estás vivo, não morre
e, mais, pode ser outra vez criança.
Inventa com o que vier teu porre
de coisa boa. Dança a nova dança
e diz à tristeza que a vida corre
sem o disco ruim da desesperança.
(Cezar Dias)
Naturalmente preciso, inevitavelmente, coroar estas terríveis e tão sensatas e tão lúcidas palavras, com uma música logicamente necessária para este momento em que compreendo, embora talvez nunca venha a explicar, todo o mais profundo significado.
Florence and the Machine - Shake it out
3 de dezembro de 2011
Saudade?
Tamanha é minha saudade
De personagens outrora vividos, vívidos
Sonhos ora não lembrados
Poeira, vento, água gelada
Abraços reprimidos
A raiva na cara, estampada
Já velha, realidade
Cruzadas, acompanhado
Ou pelo pé, dependurado
Da ajuda balbuciada
Ou das costas arranhadas
Porão úmido, poço seco
Prateleiras, aranhas, gatos
Arame farpado
Esterco fresco
Poeira
O fogo na lenha
A vela queimando
Velhas paredes
Desbotadas, vergadas
Correndo, brigando
Vivendo, sangrando
Fumaça, tossindo
Esperança asmática
O vôo solitário
O céu, não alcanças!
Vaga-lume...
Reencontro...
"Espera, não vá!
Guardas, parem-na!
Mas era tarde demais..."
11.Set.2009
De personagens outrora vividos, vívidos
Sonhos ora não lembrados
Poeira, vento, água gelada
Abraços reprimidos
A raiva na cara, estampada
Já velha, realidade
Cruzadas, acompanhado
Ou pelo pé, dependurado
Da ajuda balbuciada
Ou das costas arranhadas
Porão úmido, poço seco
Prateleiras, aranhas, gatos
Arame farpado
Esterco fresco
Poeira
O fogo na lenha
A vela queimando
Velhas paredes
Desbotadas, vergadas
Correndo, brigando
Vivendo, sangrando
Fumaça, tossindo
Esperança asmática
O vôo solitário
O céu, não alcanças!
Vaga-lume...
Reencontro...
"Espera, não vá!
Guardas, parem-na!
Mas era tarde demais..."
11.Set.2009
Assinar:
Postagens (Atom)