Tamanha é minha saudade
De personagens outrora vividos, vívidos
Sonhos ora não lembrados
Poeira, vento, água gelada
Abraços reprimidos
A raiva na cara, estampada
Já velha, realidade
Cruzadas, acompanhado
Ou pelo pé, dependurado
Da ajuda balbuciada
Ou das costas arranhadas
Porão úmido, poço seco
Prateleiras, aranhas, gatos
Arame farpado
Esterco fresco
Poeira
O fogo na lenha
A vela queimando
Velhas paredes
Desbotadas, vergadas
Correndo, brigando
Vivendo, sangrando
Fumaça, tossindo
Esperança asmática
O vôo solitário
O céu, não alcanças!
Vaga-lume...
Reencontro...
"Espera, não vá!
Guardas, parem-na!
Mas era tarde demais..."
11.Set.2009
2 comentários:
Como eu posso não comentar? Não minhas essas lembranças também... só que me faz chorar, é como se eu não conseguisse sair dessa realidade, essa do poema, só que são só lembranças, mas fazem mais sentido pra mim do que qualquer outra realidade, pequenas coisas que tu resumiste aí... saudade? saudade!
Não vivi essas lembranças, mas ao ler viajei nas minhas... Muito bom o poema, parabéns!
Postar um comentário